O check up do glaucoma é o conjunto de exames realizados, com a finalidade de diagnosticar e acompanhar o portador e o suspeito do glaucoma.
Por que o exame é tão importante?
O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo e muitas vezes ela ocorre porque o glaucoma crônico, (ou de ângulo aberto), que é o tipo mais comum no nosso meio, é assintomático, nas fases iniciais.
A melhor maneira de prevenir perdas visuais irreversíveis, é a realização de consultas de rotina, regulares, com o seu oftalmologista de confiança.
Compreender o glaucoma é o primeiro passo para proteger sua visão
Além do glaucoma, várias doenças oculares, como a degeneração macular, a catarata e o ceratocone são identificados no check up de glaucoma.
Exames oftalmológicos, realizados no check up do glaucoma, são capazes de detectar alterações de doenças sistêmicas tais como:
• A fundoscopia e a retinografia, podem detectar repercussões do diabetes, hipertensão arterial e toxoplasmose, dentre outras.
• O campo visual, pode detectar alterações de tumores cerebrais e acidentes vasculares cerebrais, com comprometimento das vias ópticas.
• Estudos recentes indicam que o angio-oct, usado para avaliar o glaucoma e mácula, pode ajudar a identificar pacientes portadores de doenças degenerativas do sistema nervoso central, como o Alzheimer.
O glaucoma é uma doença complexa em que a lesão do nervo óptico leva à perda progressiva e irreversível da visão. O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo.
Em todos os tipos de glaucoma, o nervo que liga o olho ao cérebro encontra-se danificado, geralmente devido à alta pressão ocular.
O tipo mais comum de glaucoma (glaucoma de ângulo aberto) não costuma apresentar outros sintomas além da perda lenta da visão. O glaucoma de ângulo fechado, embora raro, é uma emergência médica e seus sintomas incluem dor ocular com náuseas e distúrbios súbitos de visão.
Quais são os fatores de risco?
Na consulta oftalmológica, quando fatores de risco são identificados, o paciente é encaminhado para o check up do glaucoma.
Quais são os principais fatores de risco?
O principal fator de risco, é a pressão ocular elevada. Entretanto, um grupo de pacientes com a pressão ocular, ainda dentro dos limites normais, pode desenvolver o glaucoma. Estes pacientes, poderão ser identificados por alterações no fundo de olho, e outros fatores de risco, como a história familiar.
Quanto mais precoce e quanto melhor for a visão do paciente no momento do diagnóstico, maiores são as chances de sucesso no tratamento.
Como é feito o tratamento?
Uma vez diagnosticado o glaucoma, faz-se necessário iniciar o tratamento individualizado, que pode ser clínico (com colírios), laser ou cirúrgico.
A meta do tratamento é impedir a progressão, e preservar a visão do paciente.
Os casos suspeitos podem ou ser acompanhados sem tratamento, ou tratados preventivamente, dependendo dos fatores de risco.
O check up inicial, além do diagnóstico e conduta, servirá de base, para que análises comparativas futuras possam ser realizadas, afim de avaliar a evolução da doença.
Quando a análise dos exames subsequentes, detecta que a doença está progredindo, a estratégia terapêutica é mudada, buscando interromper a progressão do glaucoma.
Nos casos estáveis, a conduta, usualmente é mantida.
O Check up básico de Glaucoma inclui:
Curva de pressão ocular: visa detectar o valor, a flutuação, e os picos da pressão ocular. O aparelho utilizado é o tonômetro de Goldmann.
Paquimetria corneanea: mede, com o paquímetro ultrassônico, a espessura da córnea, que pode influenciar na medida da pressão ocular.
Gonioscopia: examina, no biomicroscópio, as estruturas onde o liquido (humor aquoso), responsável pelo aumento da pressão ocular é escoado. Determina se o Glaucoma é de ângulo aberto ou fechado.
Retinografia: é a documentação fotográfica do disco óptico e do fundo de olho, com o retonógrafo.
Campo visual: avalia se existem defeitos, ou redução da amplitude do campo visual.
OCT (Tomografia de Coerência Óptica): realiza medidas estruturais das camadas do Nervo Óptico, ajudando a identificar se o Nervo Óptico é normal ou glaucoma toso.
O Check up complementar de Glaucoma, além do básico, inclui:
Tonometria complementar: O “padrão de ouro” da medida da pressão ocular, é a tonometria de aplanação de Goldmann. Dependendo da espessura ou da resistência da córnea, as medidas com o tonômetro de Goldmann podem não ser precisas. Por essa razão, complementamos com os tonômetros de Pascal e ORA (Ocular Response Analyzer), buscando uma precisão maior, na aferição da pressão ocular, que é o principal fator de risco para o glaucoma.
Tomografia e Biometria do Segmento Anterior ao globo ocular: complementa a gonioscopia, qualificando a amplitude do ângulo da câmara anterior. Mede o volume liquido (humor aquoso) presente, e a profundidade da câmara anterior.
Topografia do Disco Óptico: complementa o OCT. Mede a área e o volume do Disco Óptico, escavação e tecido neural. Realiza análises e estatísticas comparativas, ajudando a identificar ser o Disco Óptico é normal ou glaucomatoso.
Angio-OCT: avalia a rede vascular superficial e profunda do nervo óptico e mácula. É um exame não invasivo, sem a necessidade de injetar contraste, e sem o contato do aparelho com o olho. A perda de densidade vascular associada ao Glaucoma, por ser detectada pelo Angio-OCT. Parâmetros da densidade vascular peripapilar, macular e coroidiana podem complementar o exame de campo visual e as medidas estruturais do OCT no diagnóstico do Glaucoma.
Avaliação da pressão de perfusão: nos Glaucomas de pressão normal, a detecção de uma baixa pressão de perfusão ocular diastólica ajuda a complementar o diagnóstico e o acompanhamento.